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Anteriormente, tinha escrito um texto sobre como seria a retomada da nossa economia. Naquele texto, a tese central era que a retomada seria lenta e gradual, e apenas a partir do próximo ano. E agora, será que mudou?
Considero que mudou muito pouco. Mas é fato que o momento de agora requer também uma discussão de como serão, daqui para frente, os impactos em nossa economia. A segunda onda desta pandemia agora é, também, de efeitos em nossa economia. Cabe aqui esclarecer que de maneira nenhuma quero desmerecer os efeitos na saúde, mas precisamos também cuidar dos efeitos econômicos e sociais.
Mas vamos à segunda onda da pandemia, como será a retomada? Hoje, as discussões entre os economistas são que existem duas teses: a retomada em "U" ou a retomada em "V". Acredito que, dado os últimos acontecimentos e os dados econômicos, tudo indica que teremos uma retomada do tipo em "V". Isto é, teremos e estamos em franca queda dos indicadores, como: taxas de emprego, fechamento de vagas, riqueza ainda em queda, consumo também, expectativas em baixas, produtividade caindo. Enfim, um declínio muito grande.
Contudo, e o bom de toda essa história, é que de fato estamos com um cenário de grande demanda reprimida. A hora que a economia abrir de fato, voltar a ter contrações, mais renda e fluxo de negócios, será uma ascensão constante de movimento de alta em nossa economia. E espero que isto aconteça.
Vocês, então, entenderam porque uma retomada em "V", porque a economia está em baixa. E vai até um cenário de "fundo do poço" e, depois, começa uma ascendente de alta, de produção, consumo e renda. É claro que precisamos de incentivos para que isso ocorra. Uma política macroeconômica de preparo para que isso ocorra de forma segura e eficiente. Há, ainda, muitas coisas a serem feitas, mas esperamos que exista, por parte do governo, essa preocupação, e que o mesmo proponha e seja mais dinâmico neste quesito.
Então, vejamos esperançosos que ocorra esse cenário. Para a economia, em particular a nossa, com esse movimento, será muito mais favorável em termos de um novo normal. É claro que tudo isso é só para 2021. No entanto, os indicadores de consumo e de produção antes do Dia dos Pais mostraram isso. Em várias cidades brasileiras, o consumo foi muito maior do que outras comemorações anteriores, como o Dia das Mães.
Espero que seja assim: com novas medidas de incentivos, que a economia interna cresça alinhada a todo cuidado e proteção pela vida das pessoas. Devem ser dadas condições de volta ao trabalho, distribuição de renda, incentivos produtivos e além, é claro, de todo o investimento e cuidado especial para área da saúde. Com equilíbrio, teremos uma retomada em "V" mais segura e promissora, além de progressista.